Fornecedores O fantasma do desemprego ameaça cerca de 130 trabalhadores de três empresas do parque da Autoeuropa, em Palmela. Embora a Volkswagen tenha revelado, há pouco mais de uma semana, que tenciona produzir mais de cem mil automóveis em 2010 e contratar cem novos colaboradores, entre as 13 empresas fornecedoras da Autoeuropa, há quem não tenha ganho qualquer concurso, ficando com o futuro seriamente comprometido.
Este receio foi transmitido ao DN por Luís Peixe, porta-voz das Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT) e coordenador da comissão de trabalhadores da Webasto Portugal. O dirigente alertou para o risco de encerramento transversal da Palmetal, da Schnellecke - que produz algumas componentes dos modelos Eos e Scirocco - e da Inapalmetais, onde já se começou mesmo a falar de despedimento colectivo.
"Nenhuma destas três empresas ganhou nada, pelo que o futuro é periclitante. Estamos muito preocupados com estas pessoas", referiu Luís Peixe, salientando o "previsível agravamento" do estado de coisas com a esperada queda nas vendas de automóveis já no segundo semestre. "A nova política do Programa de Estabilidade e Crescimento (que vai deixar de dar subsídio ao abate de carros com mais de oito de anos) fará com que se vendam muito menos carros. E aí vai ser o maior drama", afirmou.
De acordo com este responsável, a contrastar com a situação que vivem estas três fornecedoras da Autoeuropa, há várias outras empresas que passaram a estar à sombra de uma maior estabilidade com o anúncio feito pelo director da Autoeuropa, Andreas Hinrichs. É o caso da Webasto, que já contratou 70 novos trabalhadores, depois de, em Julho de 2009, ter despedido 48 operários.
Ao DN, Luís Peixe frisou, no entanto, que apenas a entrada no parque de Palmela de um quarto modelo da Volkswagen irá representar a sobrevivência destes fornecedores da Autoeuropa.
http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1560910
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