Os alunos da Faculdade de Direito de Lisboa preparam-se para uma semana de protestos contra aquilo que dizem ser uma situação caótica. Os responsáveis da instituição falam em exagero.
O presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa disse, esta sexta-feira, à TSF que há aulas com uma centena de alunos que deviam ter entre 30 a 40 estudantes.
Além disso, há casos de alunos sem notas, já que a faculdade diz não ter «capacidade para dar avaliação a todos», e há falta de docentes, acrescentou Gonçalo Carrilho, alertando que «a situação não pode permanecer como está».
«A situação está absolutamente caótica a nível do serviço docente» um mês depois do início das aulas, quando no ano lectivo passado nada disto se passou e existia um número de docentes suficiente, disse ainda.
O presidente do Conselho Científico da instituição de ensino nega as acusações dos estudantes, afirmando que houve «atraso relativamente ao início de algumas aulas, concretamente nas aulas práticas», mas o «problema ficou totalmente ultrapassado a 10 de Outubro».
A partir de então, Romano Martinez apenas admite alguma situação «pontual», dando conta de um «funcionamento normal» na instituição. Se há turmas com excessos de alunos, são situações excepcionais, acrescentou.
O presidente do Conselho Científico suspeita que as criticas dos alunos estejam relacionadas de alguma forma com as eleições que vão realizar-se em breve para o órgão representativo dos estudantes.
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