Para Alfredo Bruto da Costa, a crise não vai ser aproveitada «para introduzir alterações de fundo para reduzir a desigualdade».
O investigador Alfredo Bruto da Costa considera que não estão previstas medidas de combate à desigualdade no Orçamento de Estado, daquilo que já conhece do documento que o Governo vai apresentar esta segunda-feira.
«Todo o tipo de medidas que temos tido e vamos ter são medidas que não alteram o padrão da desigualdade e portanto, para mim, infelizmente, o tipo de sociedade, nas suas características principais da repartição do rendimento que vamos ter depois da crise, vai ser muito igual à que tínhamos tido», notou.
Em declarações à TSF, este investigador do fenómeno da pobreza entende que «não se vai aproveitar a crise para introduzir alterações de fundo para reduzir a desigualdade, uma vez que não pretendemos que seja uma sociedade igualitária no sentido matemático do termo».
«É um problema cultural por um lado e um problema de interesses político e económico», acrescentou Bruto da Costa, que entende que os «muito ricos não são atingidos pelas medidas».
Apesar de admitir que o contributo dos mais ricos «não tenha uma expressão muito grande em termos de indicadores nacionais, por uma razão de solidariedade deviam pagar proporcionalmente aos seus rendimentos e riquezas».
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