Alberto Teixeira
Em protesto contra a austeridade, a Grécia viverá amanhã e quinta a maior greve geral nos últimos dois anos.
Atenas vai estar parada nos próximos dois dias. Os maiores sindicatos gregos convocaram para quarta e quinta-feira uma nova greve geral de 48 horas em protesto contra a nova vaga de austeridade que o Parlamento aprovará ainda esta semana e, em princípio, perto de quatro milhões de trabalhadores estarão nas ruas. Será o maior protesto na Grécia nos últimos dois anos.
Os últimos dias, de resto, têm sido já uma antecâmara daquilo que se viverá entre amanhã e depois. Pequenos grupos como os lixeiros e trabalhadores navais já se manifestaram e as consequências foram visíveis: lixo amontoado nas ruas da capital e vários navios parados nos portos helénicos.
Perante a iminência de o país voltar a desligar-se pela enésima vez desde que a 'troika' aterrou em Atenas, o primeiro-ministro grego apelou à unidade, reiterando a necessidade de aprovação do novo pacote para que o país saia da crise e assim satisfazer as exigências dos credores internacionais.
"A nação está a viver um momento crucial e temos de estar unidos. Precisamos de todos nesta batalha e cada um deve assumir as suas responsabilidades", afirmou Papandreou.
O Parlamento grego deverá ser, mais uma vez, o palco da confrontação entre os manifestantes e a polícia. E é lá que os deputados deverão passar o novo pacote de austeridade que inclui aumento de impostos, cortes de salários, despedimentos do sector público e mudanças nas regras de negociação colectiva.
Por tudo isto os trabalhadores helénicos não tiveram mãos a medir e deverão participar em massa naquela que será "a mãe de todas as greves", segundo apelidou um jornal grego.
Sem comentários:
Enviar um comentário