A União de Sindicatos de Braga considerou hoje que a existência de 24 mil pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção no distrito, demonstra bem que a pobreza está a aumentar em Portugal.
Em declarações aos jornalistas, o coordenador da estrutura, Adão Mendes disse que "o aumento da pobreza se vai agravar em resultado da carestia de vida, da retirada de um por cento do salário aos trabalhadores, com o boicote à contratação colectiva, e com o crescimento do desemprego por via de despedimentos colectivos já em marcha".
"Estas medidas são inaceitáveis e vão atingir impiedosamente muitas famílias", defendeu, perguntando ao Governo "onde começa a pessoa e onde é que acaba o ser humano?"
O sindicalista falava à margem da reunião da direcção da União de Sindicatos convocada para debater a situação política e social do distrito e do país.
Adão Mendes considera que há propostas governamentais "que não têm pés nem cabeça", classificando-as como "uma forte ofensiva e provocação que este Governo declarou aos trabalhadores".
Disse que a estrutura - ligada à CGTP-Intersindical - vai desenvolver uma grande mobilização dos trabalhadores no distrito para que participem dia 29, em Lisboa, na grande manifestação nacional contra a política governamental.
Anunciou, ainda, até ao fim de Junho, a realização "de duas grandes acções dirigidas ao Governo e à Segurança Social", a primeira das quais "para reclamação dos créditos de 2800 trabalhadores que têm a receber verbas de empresas que encerraram, no valor muitos milhões de euros, e que estão por pagar há sete e oito anos".
Vai, ainda, promover uma outra manifestação, junto às instalações do Instituto de Emprego e Formação Profissional em Braga, com trabalhadores desempregados da região, "para demonstrar que estão disponíveis para trabalhar e para que se acabe com a provocação de dizer que não o querem fazer".
http://economico.sapo.pt/noticias/ha-24-mil-pessoas-a-receber-o-rendimento-social-de-insercao_89681.html
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