A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, afirmou hoje que o aumento de impostos para reduzir o défice é "cego" e vai atingir principalmente as famílias carenciadas.
"Infelizmente ao optar por este aumento de impostos, que é cego e atinge todas as pessoas horizontalmente, as famílias carenciadas vão sentir ainda mais na pele a crise, nomeadamente os desempregadas, que sempre que consumirem vão ter um acréscimo dos preços que terão de pagar", disse à Lusa Isabel Jonet.
A responsável adiantou que estas medidas para reduzir o défice já eram "expectáveis, atendendo ao plano de estabilidade e crescimento que tinha sido anunciado" e que, "inevitavelmente, iriam ser duras para o dia a dia dos portugueses".
Para Isabel Jonet, irão impor-se outro tipo de medidas, provavelmente, "ainda mais duras e que vão ser difíceis para o dia a dia de muitos portugueses que tem já muitas dificuldades".
A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome remeteu mais comentários para quando as medidas forem anunciadas oficialmente.
"Eu gostava de dar uma reacção quando for anunciada o pacote de medidas para podermos medir como é que se vai reflectir tanto a nível das empresas, como a nível das pessoas", comentou.
O Governo deverá hoje anunciar um conjunto de medidas para acelerar a redução do défice e responder à pressão dos mercados internacionais.
Entre as medidas a ser negociadas com o PSD estão o aumento do IVA num ponto percentual nos três escalões, a subida do IRC em dois ou mais pontos percentuais e a redução de cinco por cento nos salários dos políticos, gestores públicos e membros das entidades reguladoras.
O IRS subirá um por cento para quem receba até cinco salários mínimos (2375 euros por mês) ou de 1,5 por cento para quem receba acima desse valor.
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1568996
Sem comentários:
Enviar um comentário