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14/05/2010

"Ou reagimos forte ou ficamos a pão e água"

Um apelo a uma forte mobilização de todos os trabalhadores é a resposta da CGTP perante o agravamento dos impostos e a outras medidas anunciadas. "Ou fazemos uma reacção fortíssima ou põem-nos a pão e água, porque sucessivamente vão ao bolso dos trabalhadores e daqueles que menos têm", disse ontem o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva. E não perde tempo: está convocado o plenário de sindicatos extraordinário já para amanhã que vai analisar "as necessárias respostas por parte do movimento sindical". "Isto é muito duro e é injusto", sublinha, salientando que o agravamento do IVA, nomeadamente dos bens de primeira necessidade, acrescido da redução dos salários e do aumento anterior de outros impostos, "não dinamiza a economia" e vai colocar "imensas famílias numa situação de enormes dificuldades, senão em pobreza efectiva". A CGTP tem uma manifestação nacional agendada para dia 29, antes de ser conhecido o agravamento fiscal.

Também o secretário-geral da UGT considerou ontem "incompreensíveis" algumas das medidas de austeridade, considerando que penalizam mais os trabalhadores e vão agravar o desemprego em Portugal. Segundo João Proença, os portugueses "compreendem a necessidade" de algumas medidas, "sob pena de termos aqui em Portugal o FMI a impor-nos medidas ainda mais duras". Mas, acrescentou, "algumas são de difícil compreensão, como o aumento generalizado do IVA, que abrange o cabaz das famílias". A UGT apela ao diálogo para minimizar impactos.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1569716

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