O secretário-geral da CGTP e o líder do Bloco de Esquerda (BE) concordaram hoje na necessidade de os trabalhadores se mobilizarem contra a política de austeridade determinada pelo governo. A central sindical decidiu também marcar um plenário de urgência com sindicatos para este sábado.
“É preciso travar isto. E a nossa determinação, muito forte, será para uma mobilização fortíssima dos trabalhadores e do povo português de resposta a estas políticas”, declarou Carvalho da Silva aos jornalistas, no final de um encontro entre os dois responsáveis.
A central sindical marcou um plenário “com carácter de urgência” para este sábado e promete aumentar os seus compromissos para no dia 29 se realizar em Portugal “uma enorme manifestação”.
Francisco Louçã, por seu turno, disse que lhe parecia “indispensável que os trabalhadores demonstrem a sua capacidade democrática de expressão de uma alternativa em nome do salário, em nome do emprego, em nome do combate à precariedade, em nome do combate à pobreza”.
Para evitar “esta sangria que o país está a sofrer com aumento de impostos, com abaixamento de salários e com uma crise que se tem agravado”, adiantou.
O encontro foi o primeiro dos que a CGTP pediu aos partidos políticos e analisou a situação económica e social, o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), assim como o desemprego e a manifestação convocada pela central sindical para o próximo dia 29, que “tem o apoio do Bloco de Esquerda”.
Carvalho da Silva defendeu uma “mudança de rumo em políticas fundamentais” e salientou que a CGTP não se subjuga à “ideia da inevitabilidade dos sacrifícios que estão a ser impostos aos trabalhadores e ao povo português”.
O novo pacote de medidas anunciadas pelo Governo “são medidas muito violentas, muito duras para a esmagadora maioria dos trabalhadores e do povo, com sacrifícios enormes para aqueles que têm baixos rendimentos, quer do trabalho quer das pensões sociais”, insistiu.
Já Francisco Louçã disse que o BE apresentou no início da semana “uma alternativa consistente num pacote financeiro que representa 2000 milhões de euros” que permitiria “reduzir os custos orçamentais e sobretudo trazer mais justiça, para que possa haver um investimento do país em vez de estrangular a economia”.
O pacote prevê a criação de um imposto sobre “o dinheiro que é transferido para zonas fiscalmente privilegiadas”, de uma taxa sobre os bónus extraordinários e o aumento “do IRC do sistema financeiro para que pague a taxa da lei”, disse ainda.
http://economia.publico.pt/Noticia/cgtp-e-be-concordam-na-necessidade-de-mobilizar-os-trabalhadores_1437117
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