Em 15 empresas de transportes rodoviários, ferroviários, fluviais e de comunicações, os trabalhadores estão a mobilizar-se para a greve conjunta de dia 27, contra o congelamento de salários, os bloqueios à contratação colectiva e as privatizações.
Num comunicado da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, Fectrans/CGTP-IN, na origem destas greves convergentes avisa-se que o congelamento salarial aplicados nas empresas públicas «será seguido também pelo patronado no sector privado».
A federação apresentou pré-avisos de greve de 24 horas no sector de transportes pesados de passageiros, em particular nas empresas TST, Rodoviária da Beira Litoral, Rodoviária D'Entre Douro e Minho, Carris, CP, CP-Carga, EMEF, Fertagus, Metro do Porto, ViaPorto, STCP e nos CTT. Três horas por turno pararão as fluviais Soflusa, Transtejo e Atlantic Ferries.
Num comunicado de dia 9, a Fectrans salienta que, além do combate ao congelamento de salários, esta luta conjunta, decidida em plenários, pretende também repudiar o bloqueamento à negociação colectiva, nos sectores público e privado, «onde todos os processos estão a ser encerrados, pelas associações patronais», sem que as propostas sindicais tenham obtido qualquer resposta.
Repudiar as privatizações em ambos os sectores é outro objectivo assumido nesta luta, para evitar a transformação da prestação de serviços públicos às populações «em negócio privado», retirando «ao Estado importantes instrumentos que visam assegurar o direito à mobilidade dos cidadãos e o desenvolvimento do País».
Os TST tinham agendada outra greve de 24 horas, para ontem, com os mesmo objectivos.
Ferroviários
Teve lugar, dia 8, uma reunião de organizações representativas dos trabalhadores ferroviários, convocada pelas Comissões de Trabalhadores da CP e da EMEF, cujo propósito foi discutir como responder ao plano de privatizações constante do PEC. Lembrando que este programa pretende privatizar a CP, a EMEF e a CP-Carga, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário revelou que no encontro «foi unânime a preocupação das organizações presentes» com aquelas intenções.
Enviar uma exposição que reprova as privatizações, ao ministro dos Transportes, e promover um encontro de representantes de trabalhadores, diante do Ministério dos Transportes, depois da greve de dia 27, foram as decisões saídas daquele encontro. revelou o SNTSF/CGTP-IN.
O SNTSF/CGTP-IN participou, dia 13, numa manifestação em Lille, na França, que reuniu representações sindicais europeias contra a liberalização do caminho de ferro.
Lembrando que se associou àquela iniciativa «desde a primeira hora», o sindicato condenou o Tratado de Lisboa, por ser a «expressão máxima» daquela liberalização, que visa «submeter este importante sistema de transporte aos interesses privados», provocando a «degradação dos serviços, das condições de segurança e das condições de trabalho».
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=33267&area=4
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