Espanha perdeu no primeiro trimestre deste ano 284 mil empregos, para um total de 4,5 milhões de desempregados (mais meio milhão do que em 2009), o que equivale a uma taxa de desemprego de 19,9 por cento.
Os dados foram divulgados hoje, em Madrid, com base num estudo realizado conjuntamente pela AFI (Analistas Financeiros Internacionais) e pela AGETT (Associação de Grandes Empresas de Trabalho Temporário) e que é considerado uma antecipação do Inquérito da População Ativa (EPA, na sigla espanhola).
As duas empresas consideram que, apesar dos indicadores, o desemprego deverá começar a desacelerar a partir de maio, com uma queda de 3,0 por cento da diminuição de emprego.
O mesmo estudo sugere que cerca de quatro em cada 10 trabalhadores em Espanha continuam a ter baixas qualificações, com estudos até à primeira etapa do ensino secundário.
Mais de metade dos postos de trabalho altamente qualificados estão concentrados nos sectores de administração pública, educação e saúde e serviços financeiros.
"Espanha tem a juventude mais bem formada da sua história. Apesar disso, estas qualificações não parecem estar à altura das circunstâncias", lamentou o director da AFI, José António Herce.
Também o presidente da AGETT, Francisco Aranda, advertiu para o "desajustamento" entre qualificação e tarefas desempenhadas, evidenciando algum "desaproveitamento relativo" do capital humano capacitado.
http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1544788
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