O mau humor dominou os mercados de capitais neste final de semana. Um novo escândalo financeiro nos EUA, desta vez envolvendo o banco Goldman Sachs, arrastou as bolsas para o terreno negativo em quase todo o mundo. O Ibovespa encerrou os pregões desta sexta-feira (16) em queda de 1,56% e abaixo dos 70 mil pontos (69.421,35 pontos). Na semana, o índice acumula perdas de quase 3%. O dólar comercial subiu 0,57%, valendo R$ 1,7 na venda.
Os principais índices de Wall Street encerram a semana em queda. O Dow Jones recuou 1,13% aos 11.019 pontos. O Nasdaq perdeu 1,37%, aos 2481 pontos e o S&P-500 caiu 1,61%, fechando com 1192 pontos. Na Europa, Londres registrou perda de 1,39%, Paris ficou com -1,93% e Frankfurt com -1,76%. Na Ásia, os prejuízos também foram generalizados. A bolsa de Hong Kong registrou desvalorização de 1,3%, Xangai caiu 1,1%. Na Coréia do Sul, o índice Kospi recuou 0,5%.
Fraude
O clima nos mercados de capitais azedou quando a Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA) acusou o Goldman Sachs de fraude na venda de derivativos atrelados a contratos de hipotecas de alto risco (os chamados subprime). Sob os efeitos da notícia, as ações do banco recuaram 12,7% e o pessimismo se refletiu no restante do setor. Os papéis do Citigroup e do Morgan Stanley perderam mais de 5%.
A agência ingressou na Justiça com uma ação civil contra o Goldman Sachs alegando que a companhia vendeu títulos complexos de hipotecas subprime e falhou na apresentação aos investidores quanto ao fato de que um grande fundo de hedge apostou contra os títulos.
Os agentes levaram em consideração ainda os resultados da General Electric (GE), que revelaram uma queda de 32% no lucro líquido atribuível aos detentores de ações ordinárias, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita da empresa diminuiu quase 5% para US$ 36,605 bilhões e o seu presidente citou o segmento imobiliário comercial ainda como um desafio. Os papéis terminaram o pregão em queda de 2,6%.
O mercado foi também abalado pelo índice de confiança do consumidor dos EUA, calculado pela Universidade de Michigan, que caiu para 69,5 pontos em meados de abril ante os 73,6 de março.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=127782&id_secao=2
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