Cerca de 180 mil pessoas participaram hoje na manifestação dos trabalhadores da Função Pública, de acordo com os números avançados pelos sindicados.
A polícia não avançou qualquer estimativa em relação a este protesto que começou no Marquês de Pombal, desfilou pela Avenida da Liberdade e terminou no Rossio.
Ana Avoila, da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, diz que os trabalhadores não deixarão de se manifestar, em reacção às palavras de compreensão proferidas hoje pelo primeiro-ministro.
“As acções e as lutas dos trabalhadores só fazem é a evolução da democracia, só criam mais direitos, mesmo em relação aos direitos deste país”, sustenta a sindicalista.
“O Sr. primeiro-ministro tem uma formação que não tem nada a ver com os sindicatos, uma formação que vai na linha de uma política de apoio ao grande capital financeiro, não pode estar de acordo com manifestações de trabalhadores, mas os trabalhadores percebem que ele não esteja e não vão deixar de lutar só porque há ameaças de forma mais subtil ou mais violenta”, afirma Ana Avoila.
Já Nobre dos Santos, da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP), lembra ao primeiro-ministro que os sacrifícios não são de agora.
“As palavras do Sr. primeiro-ministro valem pelas afirmações ocas e falaciosas que ele tem feito. Eu acho que o Sr. primeiro-ministro tem de saber que os trabalhadores da administração pública há mais de dez anos que estão em sacrifício permanente, portanto, mais estes sacrifícios estão a estrangular os trabalhadores e a economia”, frisa Nobre dos Santos.
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