Octávio Teixeira
Na semana passada assistiu-se ao que chegou o descalabro na Grécia, ao agravamento da situação em Itália que passou a estar sob a vigilância do FMI, o G20 a dar nega ao pedido de socorro do Euro, Merkel a escrever que a crise na Zona Euro durará, no mínimo, dez anos.
Na segunda-feira iniciou-se a segunda avaliação da troika no âmbito do programa de resgate e amanhã começa o debate e votação do Orçamento do Estado para 2012.
Do meu ponto de vista a articulação de todos estes factos imporia que o Governo repensasse séria e responsavelmente a estratégia orçamental. O Governo não deveria continuar surdo e cego, a todos e a tudo, e forçar um caminho para o desastre: com as medidas propostas não serão reduzidos os défices de forma sustentada, a dívida e os juros a pagar aumentarão, a recessão prolongar-se-á, os sacrifícios sociais tornam-se insuportáveis e a mirífica "confiança dos mercados" ficará mais longe.
Não retorno, neste momento, ao que considero serem as alternativas de fundo e estruturantes para ultrapassar os problemas do País.
Mas parece-me ser uma exigência mínima que o Governo aproveite a presença da troika para lhe mostrar que os prazos para a redução do défice são objectivamente incumpríveis. E exigir o seu alargamento, absolutamente necessário para permitir reduzir os sacrifícios e abrir uma janela de esperança ao crescimento económico.
Tal como seria da mínima justiça que os sacrifícios a fazer fossem distribuídos por todos os tipos de rendimentos. Não é social e economicamente justificável que os rendimentos de capital sejam poupados relativamente aos do trabalho, nem é compreensível que as proclamadas "gorduras" do Estado se tenham evaporado.
Não creio que o Governo faça nada disto. Mas deveria fazê-lo!
Na segunda-feira iniciou-se a segunda avaliação da troika no âmbito do programa de resgate e amanhã começa o debate e votação do Orçamento do Estado para 2012.
Do meu ponto de vista a articulação de todos estes factos imporia que o Governo repensasse séria e responsavelmente a estratégia orçamental. O Governo não deveria continuar surdo e cego, a todos e a tudo, e forçar um caminho para o desastre: com as medidas propostas não serão reduzidos os défices de forma sustentada, a dívida e os juros a pagar aumentarão, a recessão prolongar-se-á, os sacrifícios sociais tornam-se insuportáveis e a mirífica "confiança dos mercados" ficará mais longe.
Não retorno, neste momento, ao que considero serem as alternativas de fundo e estruturantes para ultrapassar os problemas do País.
Mas parece-me ser uma exigência mínima que o Governo aproveite a presença da troika para lhe mostrar que os prazos para a redução do défice são objectivamente incumpríveis. E exigir o seu alargamento, absolutamente necessário para permitir reduzir os sacrifícios e abrir uma janela de esperança ao crescimento económico.
Tal como seria da mínima justiça que os sacrifícios a fazer fossem distribuídos por todos os tipos de rendimentos. Não é social e economicamente justificável que os rendimentos de capital sejam poupados relativamente aos do trabalho, nem é compreensível que as proclamadas "gorduras" do Estado se tenham evaporado.
Não creio que o Governo faça nada disto. Mas deveria fazê-lo!
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