A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública apelou hoje a uma união forte dos funcionários públicos para que saiam à rua no sábado, dia de manifestação nacional, e lutem sem medos.
"Que venham para a rua, que lutem, que se indignem, que falem porque não adianta ficar parado, não adianta ter medo, não adianta encolher os ombros, tentar passar pelos buracos da chuva porque ainda apanham uma pneumonia", disse a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila hoje em conferência de imprensa.
De acordo com a sindicalista, se os trabalhadores da função pública não lutarem agora "as coisas vão complicar".
"A luta tem sempre resultados", sublinhou.
"Se os trabalhadores da Administração Pública durante este ataque dos últimos seis anos ainda mantêm alguns direitos foi pela luta que desenvolveram durante estes anos", acrescentou Ana Avoila.
Os sindicatos da Função Pública convocaram para sábado um protesto em Lisboa, que antecipará a participação na greve geral de dia 24.
Para Ana Avoila, a proposta do Governo representa "o pior orçamento de sempre", pelo ataque "feroz" sobre os trabalhadores da Administração Pública, nomeadamente com os cortes nos subsídios de férias e Natal.
"Existem alternativas a estas medidas e todas as estruturas sindicais as apresentaram", disse ainda a sindicalista, referindo como exemplos a reforma democrática da Administração Pública, que acabe com o "clientelismo" e com a "promiscuidade" neste setor.
Questionada sobre qual a posição da Frente Comum caso o Governo opte por voltar a trás e salvar um dos subsídios dos trabalhadores, Ana Avoila refere que "seja um ou dois a questão é que se retira dinheiro dos trabalhadores" e isso é "inaceitável", é "roubo".
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