Estes militares contestam várias medidas da tutela (Augusto Santos Silva é o ministro da Defesa), designadamente as reformas em curso no seu sistema de saúde, a redução dos efectivos militares, o sistema de avaliação, o estado do Estatuto da Condição Militar, bem como todos os cortes previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e no chamado pacote anticrise, garantem fontes do sector.
A organização do protesto, que conta com o apoio de várias associações militares, entre elas a Associação Nacional de Sargentos (ANS), apela ainda à participação de todos os militares no activo, prevendo os organizadores que o número de manifestantes possa atingir as várias centenas.
Embora esteja previsto um aumento em 5,6% do Orçamento da Defesa para 2010, milhares de militares dos três ramos das Forças Armadas estão "muito preocupados" dado que só para cobrir despesas com pessoal – salários e prestações sociais – faltarão cerca de 80 milhões de euros.
Ao CM, o presidente da ANS, Lima Coelho, garantiu que "os militares estão sensíveis à grave crise do País", mas esclareceu que "recusam ser penalizados a reboque da chamada crise internacional".
Segundo o presidente da ANS, "os militares são penalizados há anos na sua qualidade vida, poder de compra, sem que depois se veja resultados desses sacrifícios".
Mais estranho se torna, acrescenta Lima Coelho, que "este tipo de prejuízos incida sobretudo nos militares de baixas patentes".
O presidente da Associação Nacional de Sargentos diz que "haverá dois pesos e duas medidas face à crise, já que o Governo encontrou uma forma encapotada de premiar as chefias e os comandos, traduzindo-se isso em suplementos de representação que podem ir de 300 euros até aos 1800 euros, extra vencimento".
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/militares-voltam-aos-protestos
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