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29/05/2010

CGTP promete 200 mil em Lisboa

CGTP promete 200 mil em Lisboa

Contas dos responsáveis da central sindical apontam para participação recorde na luta contra o PEC

A manifestação nacional contra a aplicação das medidas de austeridade que hoje se realiza em Lisboa deverá ser uma das maiores que já passaram pela capital portuguesa, segundo as contas da CGTP. De acordo com os responsáveis da central sindical, a participação deverá ultrapassar as 200 mil pessoas, um marco histórico alcançado na manifestação nacional realizada a 13 de Março do ano passado. Segundo apurou o DN, aos muitos milhares de pessoas já mobilizadas pela CGTP nos distritos de Lisboa e Setúbal deverão ainda juntar-se cerca de 500 autocarros provenientes de todos os pontos do País.

"As informações de que já dispomos dizem-nos que vamos estar, sem sombra de dúvida, perante uma das maiores manifestações realizadas em Portugal nos últimos anos", assegura Arménio Carlos, membro da comissão executiva da CGTP, admitindo que "a participação deve superar a que foi registada na manifestação do ano passado". Igualmente optimista em relação à adesão ao protesto estava Libério Domingues, da União dos Sindicatos de Lisboa. Ao DN, o sindicalista garantiu que "esta manifestação vai ser um sucesso, uma das maiores já realizadas em Portugal", frisando que à capital devem chegar hoje "perto de 500 autocarros dos mais variados pontos do país".

Entre as plataformas sindicais com maior representatividade neste protestos estará "seguramente" a Fenprof. Ao DN, Mário Nogueira, secretário-geral da organização, adiantou que espera uma participação superior à média por parte dos professores, contando com a presença de perto de oito mil docentes no protesto.

Sob o lema "Contra o desemprego, emprego com direitos, melhores salários para todos", a manifestação está marcada para as 15.00 e irá fazer a ligação entre o Marquês de Pombal e a Praça dos Restauradores, tendo como principal objectivo "juntar todos os trabalhadores na luta contra o pacote de austeridade apresentado pelo Governo", explicou Arménio Carlos. Para o final do protesto está previsto um discurso do secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, num palco montado para o efeito nos Restauradores.

Uma vez que o protesto juntará representantes de vários sectores de actividade, a organização optou por definir três locais diferentes de concentração dos trabalhadores: a Função Pública nas Amoreiras, os funcionários do sector privado na Maternidade Alfredo da Costa e os professores junto ao Ministério da Educação. Os autocarros irão repartir-se entre a Avenida 24 de Julho e o Parque Eduardo VII (ver infografia).

"Quem luta sempre alcança, queremos a mudança" e "É preciso, é urgente, uma política diferente", são apenas algumas das palavras de ordem que hoje irão ecoar pela Avenida da Liberdade. Gritos de descontentamento contra o Governo e o PS, mas também "contra o PSD, que deve ser responsabilizado pelo papel que teve na viabilização deste pacote de austeridade", revelou ao DN Arménio Carlos.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1581323

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