O secretário-geral da CGTP foi para o encontro com o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, preocupado com a duração das medidas acordadas entre PS e PSD e com a possibilidade de novos pacotes de austeridade, contudo, ao fim de quase duas horas de reunião, Carvalho da Silva saiu sem garantias.
«Não vislumbramos o surgimento de propostas que no imediato alterem essa inaceitável falta de rigor com os sacrifícios que estão a ser impostos aos portugueses», declarou o secretário-geral da CGTP.
«São pedidos sacrifícios, mas não se sabe até quando, e a cada dia há o perigo de surgirem mais pacotes de exigências, de limitações à vida das pessoas. Isto não pode continuar assim, sobretudo quando do ponto de vista estratégico não há propostas para futuro», acrescentou.
O medo em relação ao que está para vir é razão suficiente para que os portugueses saiam à rua no próximo sábado, defendeu Carvalho da Silva que foi, no entanto, menos claro quando questionado sobre uma possível greve geral.
«Se me perguntar se aquilo que estamos a viver na sociedade portuguesa, do ponto de vista de limitações, de sofrimento para os portugueses, significa uma situação muito dolorosa, eu dir-lhe-ei que significa - é talvez a situação mais grave que nós temos depois do 25 de Abril», afirmou.
«Agora, nós vivemos num contexto concreto, em que as formas de expressão também têm as suas evoluções, em que as lutas têm enquadramentos diferentes do que tinham há cinco, há dez anos ou há quinze anos», concluiu o secretário-geral da CGTP.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1578931
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