O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva avisou, esta segunda-feira, que não pode afastar a hipótese de uma nova greve geral e defendeu, «será pela mobilização das pessoas» que se impedirão medidas de «uma violência inaceitável».
«Decidiremos em função das condições concretas e daquilo que for o desenrolar dos actos do ponto de vista da governação e da vida política no nosso país», disse.
Carvalho da Silva lembrou que a manifestação do próximo sábado, contra o pacote de medidas de austeridade anunciados pelo Governo, será a oportunidade de a sociedade demonstrar que «não se submete às inevitabilidades e ao “tem que ser assim”» do Executivo.
«Temos uma determinação fortíssima em fazer uma grande mobilização dos trabalhadores. Faremos com certeza uma grande manifestação no próximo dia 29 em que, para além do protesto, da denúncia das injustiças (...) é preciso mobilizar a sociedade para não se submeter a estas inevitabilidades e afirmarmos propostas alternativas», sublinhou.
Carvalho da Silva considerou ainda que os «sacrifícios impostos às pessoas» não oferecem «o mínimo de garantias em relação a dois aspectos: quando é que terminam esses sacrifícios e o mínimo de certeza que o futuro será melhor».
Carvalho da Silva esteve reunido, em Lisboa, com o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, que também destacou a necessidade de os portugueses protestarem contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e garantiu o apoio incondicional da parte do PCP às várias formas de luta.
«Da parte do PCP haverá um empenhamento político, institucional, tudo o que podermos fazer em nome do interesse da defesa nacional», afirmou.
No entender do líder comunista, as medidas impostas por José Sócrates são «vazias e oportunistas», sendo precisa uma «resposta dos trabalhadores».
«Está-se a visar apenas aproveitar a própria crise, não para a resolver, mas para aumentar a exploração para atingir duramente direitos como os salários, os horários, direitos colectivos que existem, aproveitando e tentando ir o mais longe possível criando uma guerra psicológica, uma ofensiva ideológica nunca vista», enfatizou.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1577222
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