No espaço de uma semana, BES, BCP, CGD e BPI subiram as suas margens. Totta sobe em Junho
Ao longo desta semana, quatro dos cinco maiores bancos portugueses agravaram os seus spreads aplicados aos novos empréstimos à compra de casa. A crise de liquidez que ameaça a banca, especialmente nestas últimas semanas, acelerou um processo de agravamento que já tinha começado há mais de um ano. Dois dos grandes bancos já praticam spreads máximos acima dos 4%. O Santander Totta vai agravar a sua margem mínima de 1 para 1,25 pontos a partir de 1 de Junho.
Depois de o Millennium bcp e Banco Espírito Santo (BES) terem subido as suas margens no início da semana, seguiram-se-lhe a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco BPI.
O banco público, que já tinha agravado em Abril, actualizou agora a sua margem mínima de 0,95 para 1,25 pontos percentuais e a máxima de 3,20 para 3,35 pontos, no que respeita aos clientes de risco favorável. Já no que toca aos clientes com risco para análise, a CGD só negoceia a partir de um mínimo de 1,50 (1,25 anteriores), chegando agora a um máximo de 4,15 pontos.
Também o BPI reviu o custo do seu crédito à habitação. O banco subiu o intervalo mínimo da margem de 1 ponto para 1,25 pontos e o máximo dos anteriores 2,45 para 3,35 pontos.
Recorde-se que o BES subiu a sua margem máxima para 4,40 pontos e a mínima para 2 pontos, enquanto o Millennium bcp agravou apenas o intervalo máximo, de 2,30 para 3 pontos percentuais.
De referir que os bancos de pequena e média dimensão têm igualmente agravado os seus spreads. Montepio e Banif apresentam os valores mínimos de 0,95 pontos, o Popular pratica 0,6, enquanto o Barclays e BBVA oferecem 0,35 pontos, mas com exigência de subscrição de um PPR.
http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1574844
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