As comissões de utentes contra a introdução de portagens nas SCUT (auto estradas sem custo para o utilizador) Costa de Prata, Norte Litoral e Grande Porto manifestam-se a partir de segunda feira, realizando marchas lentas em dias diferentes.
O protesto tem início na segunda feira, com a realização de uma marcha lenta dos utentes da Costa de Prata, na A29.
Segue-se na quarta feira o desfile na A41/A41 (SCUT do Grande Porto), estando a última marcha programada para a SCUT Norte Litoral, na A28, no dia 02 de Junho.
As comissões de utentes prometem manter os protestos até que o Governo recue na decisão de portajar aquelas três SCUT.
José Ferreira, da comissão de utentes da A29, afirmou à Lusa esperar a adesão de "algumas dezenas" de condutores na marcha de segunda feira, que tem início em Coimbrões, Gaia, e terminará em Ovar/Norte.
"A situação [financeira] do país tem piorado a olhos vistos", disse, acrescentando que aquela zona não tem vias alternativas, sendo desejável que o Governo "não avance" com o portajar da via.
José Ferreira frisou também não perceber como é que vai ser cobrada a portagem, entendendo que "nada está ainda clarificado".
Na sua opinião, caso as transportadoras se juntassem a este protesto dos utentes, o Governo recuava "sem dúvidas" nesta sua decisão.
Gonçalo Oliveira, do movimento de utentes da A41/A42, afirmou à Lusa que a marcha lenta que terá lugar na quarta feira naquela SCUT "será uma forma de os utentes manterem viva a sua indignação e demonstrarem a sua incompreensão" à introdução de portagens.
"Acreditamos que a nossa luta tem atrasado a introdução das portagens, apelando assim a todos os que estão do nosso lado a se juntarem neste novo desfile", acrescentou.
Estas comissões alegam ser uma "injustiça" o Governo avançar com a introdução de portagens nestas SCUT, uma vez que se localizam numa região que vive uma crise económica e social "mais profunda que a média do país".
Apesar de já ter sido anunciado que a partir de 01 de Julho as SCUT começam a ser portajadas, as comissões de utentes acreditam que o governo "ainda está a tempo de reverter esta sua intenção".
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1576691
Sem comentários:
Enviar um comentário