Luta em várias frentes

Água

Em Oliveira de Azeméis a privatização da água e do saneamento «põe gravemente em causa os direitos das populações e dos trabalhadores, lesa os interesses do próprio município e representa a total desresponsabilização dos membros do actual executivo camarário», acusou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, num comunicado de dia 6. Lembrando que desta privatização resultará um «desigual tratamento ente consumidores e zonas de abastecimento, e uma acentuada degradação das condições de trabalho», o STAL/CGTP-IN garantiu que fará tudo o que puder em defesa de uma gestão de qualidade daqueles serviços.

Guimarães

O processo de entrega da limpeza de espaços municipais pela Câmara Municipal de Guimarães à empresa privada Vitrus Ambiente, no dia 30 de Dezembro, foi considerado «vergonhoso» pela União dos Sindicatos do Distrito de Braga. Lembrando que, no dia seguinte, um vereador do executivo municipal e o administrador da Vitrus Ambiente informaram que não assumirão «a responsabilidade e os direitos dos trabalhadores das antigas empresas, apoiando-se num parecer da Autoridade para as Condições do Trabalho», a união sindical revelou que os trabalhadores vão requerer o subsídio de desemprego «até que o Tribunal de Trabalho decrete a sua integração na Vitrus Ambiente ou a manutenção do vínculo com as anteriores empresas».

Sargentos

«Sem precedentes nas história das Forças Armadas» é a situação provocada pelas «promoções e saída das fileiras de centenas de militares», avisou a Associação Nacional de Sargentos, num comunicado de 30 de Dezembro. Considerando que se estão a agravar «as situações de tratamento diferenciado entre especialidades, classes, armas e serviços», a ANS recordou as datas históricas de 1385, 1640, 1974, mas também 1891, 1910 e 1989, para salientar que «os portugueses em geral e os sargentos em particular», sabem defender os seus direitos, «tomando as acções que o seu compromisso jurado tanto obrigou».

Ineficazes e injustas

Cortar nas remunerações dos profissionais da PSP e da GNR é uma medida que as associações representativas rejeitam e contra a qual apresentaram providências cautelares na semana passada.

Na nota em que confirmou estar feita aquela diligência, dia 5, a ASPP/PSP afirma que «o combate ao défice não pode ser feito à custa das remunerações dos trabalhadores da Administração Pública que, ao longo dos últimos anos, têm sido utilizados como bodes expiatórios de todos os males do Estado». Lembra ainda que «já em 2007, aquando dos congelamentos salariais e das carreiras, esta era a solução apontada, que veio no entanto a verificar-se ineficaz», pois «de outro modo, não estaríamos de novo a enfrentar uma crise orçamental».

A APG/GNR, cuja providência cautelar foi entregue dia 7, «não aceita que se argumente “interesse público” ou sequer o combate ao défice para fazer recair sobre os profissionais da GNR as consequências desastrosas de medidas e políticas que não só não resolveram a actual crise económica e social, antes a agravaram e originaram mais medidas deste tipo, igualmente injustas e ineficazes» - como refere na informação publicada no seu sítio na Internet.

Para contestar a redução salarial no Grupo RTP, na agência Lusa e no Jornal da Madeira, o Sindicato dos Jornalistas decidiu propor uma acção colectiva, no Tribunal de Trabalho de Lisboa, em defesa da garantia de manutenção do valor das retribuições.

Lisboa

Estão hoje em greve, em protesto contra a intenção de António Costa e da sua maioria na CML quanto à venda do Departamento de Saneamento à EPAL e a transferência da gestão dos Museus e Galerias para a empresa municipal EGEAC, os trabalhadores daqueles serviços. O STML/CGTP-IN informou ainda que a paralisação tem lugar entre as dez e as onze horas e, neste período, haverá concentrações do pessoal nas duas principais instalações (Brigada de Colectores, na Estrada de Chelas, e Museu da Cidade, no Campo Grande).

http://www.avante.pt/pt/1937/BrevesTrabalhadores/112155/