O governo do Reino Unido já injectou cerca de 124 mil milhões de libras (147,6 mil milhões de euros) nos bancos ingleses desde o início da crise financeira em 2008.
Mas apesar deste valor astronómico já gasto, um relatório do National Audit Office, citado pela Agência Lusa (06.01), indica que os contribuintes ingleses poderão ter que pagar cerca de 512 mil milhões de libras (609 mil milhões de euros) ao longo da duração das garantias dadas pelo Estado e das intervenções do governo nos bancos.
De acordo com a análise daquele organismo, que tem funções semelhantes ao Tribunal de Contas em Portugal, os contribuintes ingleses continuam «altamente expostos aos bancos através dos esquemas suportados pelo Tesouro», ressalvando que não possui informação suficiente para «avaliar a escala da exposição ou o custo final para os contribuintes».
Desde o início da crise financeira, o governo inglês recapitalizou o Lloyds Banking Group e o Royal Bank of Scotland (RBS) através da aquisição de 41 por cento do primeiro e 83 por cento do segundo. Nacionalizou também o Nothern Rock e o Bradford & Bingley e criou um esquema de financiamento a todos os bancos através de um aval.
Em Janeiro do ano passado, o Northern Rock foi dividido em duas instituições, uma que apresentou lucros na primeira metade do ano e outra que registou prejuízos. O Royal Bank of Scotland, onde foram injectados 45 mil milhões de libras (53 mil milhões de euros) em troca de uma participação estatal de 83 por cento, voltou aos prejuízos até Setembro. Já no Lloyds, as perspectivas parecem mais optimistas, depois dos lucros apresentados na primeira metade do ano.
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