O Unison, um dos principais sindicatos britânicos da função pública, aprovou hoje a convocação para 30 de Novembro de uma greve contra as reformas das pensões pretendidas pelo governo, num dia de protesto coordenado com outros sindicatos.
A greve poderá mobilizar 1,1 milhões de funcionários representados pelo Unison, que inclui funcionários de autoridades locais e do setor da saúde. Em curso continuam as votações em vários outros sindicatos da função pública para uma greve no mesmo dia. No Reino Unido não é possível apelar à greve geral porque os sindicatos têm de votar individualmente as ações de protesto mas podem coordenar um dia de paralisação.
Se todos avançarem, pode tornar-se na maior greve desde 22 de janeiro de 1979. As reformas propostas pelo governo pretendem mudar os termos das aposentações, substituindo as pensões equivalentes aos salários de fim de carreira por outras que resultem de uma média dos anos de trabalho e obrigando a trabalhar mais anos. Na quarta-feira, o governo, que quer reduzir os custos com este sistema, fez uma nova oferta aos sindicatos, permitindo que os funcionários públicos como professores que se reformem até 2022 não sejam afetados.
Esta foi considerada "melhor" mas mesmo assim foi rejeitada por Brendan Barber, secretário-geral do Trades Union Congress (TUC), plataforma que reúne 58 sindicatos e que está a coordenar as greves do final do mês. "Mas a não ser e até que seja feito progresso real e sejam feitas propostas aceitáveis no âmbito das negociações, os sindicatos permanecem firmemente empenhados em continuar os preparativos para o dia de protesto planeado para 30 de novembro", indicou.
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