O plenário nacional, convocado pela Frente Comum de Sindicatos, destaca-se entre as acções que já estão anunciadas para a semana de luta com que a CGTP-IN quer dar continuidade às manifestações de 1 de Outubro.
Na saudação que divulgou no final da sua reunião de dia 3, a Comissão Executiva da CGTP-IN salientou que «a dimensão e força destas grandiosas manifestações confirmam o forte empenhamento dos trabalhadores e do povo português na denúncia da fraude das políticas em curso e na intensificação da luta por políticas de futuro». Depois de quase 200 mil pessoas terem respondido ao apelo da central, comparecendo nas ruas de Lisboa e do Porto, a Inter afirma que agora, «a partir dos locais de trabalho, os trabalhadores vão bater-se contra o programa de agressão e os despedimentos mais fáceis e baratos, contra a tentativa de destruição da contratação colectiva e a generalização da precariedade, contra a redução dos salários, dos direitos laborais e da protecção social e o roubo no 13.º mês, contra o aumento brutal do custo de vida, o ataque aos serviços públicos e às funções sociais do Estado, na Saúde, na Educação e na Segurança Social».
As acções que dão corpo à decisão, assumida no dia do 41.º aniversário da Intersindical, de realizar uma semana de luta entre os dias 20 e 27 deste mês, estão a ser definidas pelas estruturas sectoriais e distritais. De acordo com a orientação saída da jornada de 1 de Outubro e retomada na saudação, os esforços vão no sentido de «reforçar a unidade na acção, envolvendo todos os trabalhadores e trabalhadoras, independentemente das suas opções políticas ou sindicais, na resolução dos problemas concretos, na melhoria das suas condições de vida e de trabalho e na convergência numa resposta contra a ofensiva desencadeada pela política do Governo PSD-CDS e as posições retrógradas do grande capital». A central apela ao desenvolvimento de «uma luta que tem de ser cada vez mais geral», dirigida «contra a destruição dos direitos laborais e sociais; contra o empobrecimento e as injustiças; contra o programa de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao País; pelo emprego, salários, pensões e direitos sociais».
Para a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, o curso das reuniões com o Governo demonstra que estas não serão de verdadeira negociação. No dia 4, o secretário de Estado da tutela limitou a discussão à intenção de cortes brutais (de 20 ou 25 por cento) na remuneração dos trabalhadores que foram colocados na situação de «mobilidade especial». Não foi apresentada qualquer contraproposta à Proposta Reivindicativa Comum para 2012.
Uma nova reunião ficou marcada para amanhã. Mas o Governo vai avançando com a sua proposta de OE e só ontem iria entregar aos representantes sindicais as restantes propostas.
A Frente Comum confia que no dia 21 de Outubro terá lugar um grande plenário nacional de trabalhadores, em defesa dos direitos, por uma Administração Pública de qualidade, ao serviço da população, e contra a política de guerra permanente aos trabalhadores e de desastre nacional.
No dia 7, sexta-feira, em Almeirim, teve lugar um plenário nacional do STAL/CGTP-IN, que renovou o apelo à participação dos trabalhadores nas acções da semana de luta. Valorizando as manifestações de dia 1, como «poderoso grito de contestação às políticas do Governo PSD/CDS-PP», e associando-se às linhas gerais definidas pela CGTP-IN e pela Frente Comum, o STAL identifica como principais linhas de intervenção dos trabalhadores do sector: o combate à destruição do Poder Local, à redução do número de autarquias e de trabalhadores; a luta em defesa da gestão pública da água, do saneamento e dos resíduos sólidos, contra as privatizações anunciadas; a acção reivindicativa nos locais de trabalho; a exigência de mudança de política, atendendo as soluções efectivamente alternativas propostas pelo movimento sindical unitário.
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