Aurea Domingues Guimarães (Bolsista FAPERJ); Carolina Bragança Sobreira (Bolsista CNPq); Ariane Ewald (Orientadora)
"Este texto é um recorte da pesquisa “Cultura do consumo e subjetividade: mapeando a construção da lógica da Modernidade no Rio de Janeiro” e enfoca a constituição de uma lógica da medicalização da sociedade. Tendo como ponto de partida a análise de propagandas de medicamentos, pretendemos refletir sobre a apropriação da noção de saúde pela cultura do consumo e pela indústria farmacêutica, em que os medicamentos deixam de ser instrumentos curativos para se tornarem mercadorias promotoras de bem-estar individual. A cultura do consumo, estabelecida no século XIX, se fundamenta sobre o consumo de mercadorias onde o mercado é mediador nas relações sociais (SLATER,2002).Esta perspectiva abrange um leque diversificado de produtos, dentre os quais se encontram os medicamentos, que passam a ser instrumentos da lógica da mercadoria a partir do fim da segunda guerra mundial, época em que ocorreu a expansão da indústria farmacêutica. Tal acontecimento promove a diversificação dos fármacos, gerando a necessidade de criar demanda de consumo o que, conseqüentemente, coloca a propaganda como veículo fundamental para divulgação de um novo significado da medicação sendo, portanto, material privilegiado para a nossa análise."
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
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