O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, defendeu hoje que o movimento sindical e os portugueses em geral têm que se mobilizar para participarem em acções de protesto em Março.
"Temos de ter até Março inevitavelmente um crescendo de sensibilização e informação dos trabalhadores e da população porque provavelmente temos de estar em março com muita mais força na rua", disse o sindicalista aos jornalistas no final de uma manifestação em Lisboa.
Carvalho da Silva escusou-se a concretizar que tipo de acção iria ser concretizada em Março, dizendo que "ainda não está decidida" mas salientou que até lá vão ser concretizadas ações setoriais.
O líder da CGTP salientou o mês de Março para palco de lutas porque considera que é nesta altura que vão convergir vários factores a nível nacional e internacional que vão piorar as condições de vida e de trabalho dos portugueses.
"Esta ofensiva da revisão da legislação laboral encapotada encaminha-se para terminar no final de Fevereiro ou princípio de Março", disse Manuel Carvalho da Silva junto à residência oficial do primeiro-ministro.
O sindicalista referiu que existem também indicadores externos que apontam para que Portugal e Espanha voltem a estar na mira dos especuladores em março para pressionar a imposição de politicas que só irão trazer mais sacrifícios.
A manifestação promovida pela União dos Sindicatos de Lisboa da CGTP inseriu-se num conjunto de outras que têm decorrido ao longo da semana nos vários distritos do país e levou à aprovação de uma resolução em que é prometida a continuidade da luta.
Braga, Coimbra, Leiria, Madeira, Angra do Heroísmo, Viseu, Santarém, Guarda e Bragança foram também hoje palco de manifestações e concentrações promovidas pelas uniões distritais da CGTP para contestar as políticas do Governo.
As medidas de austeridades aplicadas à generalidade da população e os cortes salariais impostos aos funcionários públicos e trabalhadores de empresas públicas estão na origem da conflitualidade social que está a marcar o início do ano.
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