À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

10/12/2009

Sérios incumprimentos no Pingo Doce

Uma acção de protesto, junto ao Pingo Doce, no Olivais Shopping, teve lugar, no dia 3, por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal. O CESP/CGTP-IN tem realizado acções semelhantes noutras localidades. No Algarve, por exemplo, estavam previstas iniciativas para ontem, em Faro, Portimão e Tavira, e outras foram já realizadas em Vila Real de Santo António, Loulé e Albufeira.
No comunicado que tem sido distribuído aos clientes, o sindicato alerta para o desrespeito de direitos laborais nos estabelecimentos, que fazem parte do Grupo Jerónimo Martins. Em causa estão retroactivos salariais, de Janeiro a Abril de 2008, mas também o impacto da legislação sobre parentalidade e sobre alteração de horários. O comportamento patronal contraria mesmo recomendações da ACT, salientou o sindicato.
O CESP, que critica as «pouco credíveis» avaliações profissionais, também rejeita a aplicação da adaptabilidade «sem respeito pelas normas em vigor»; a exigência de compensação por trabalho não prestado aos domingos e feriados; prémios atribuídos «com discriminações pontuais»; marcação de férias sem ouvir e atender às pretensões dos trabalhadores; o fim do subsídio de domingo a quem tem contratos a tempo parcial; a imposição do trabalho durante todo o dia de domingo e a falta de reclassificação profissional.

Encontro Nacional

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, APED, quer «acabar com a saúde e a vida familiar, social e cultural dos trabalhadores», acusou, dia 2, a Direcção Nacional do CESP, que convocou, para a próxima segunda-feira, um Encontro Nacional de Dirigentes e Delegados Sindicais da Grande Distribuição, na Casa do Alentejo, a partir das 14.30 horas.
Salientando, como exemplo, uma situação detectada em que uma trabalhadora ficou encerrada na loja do Pingo Doce, em Torres Vedras, depois de ter terminado o seu horário de trabalho, o CESP repudiou a proposta da associação patronal, de aumentos salariais de um por cento, para este e o próximo ano.
A APED também pretende «fixar, de véspera, as 10 ou 12 horas do dia seguinte, aumentar o horário semanal de trabalho, de 40 para 50 horas, introduzir a possibilidade de uma adaptabilidade horária laboral que poderá compreender 12 horas por dia e 60 semanais». Criar um «banco de horas» e «alargar ainda mais a precariedade» são outros objectivos da APED, repudiados pelo sindicato.
Avante - 10.12.09

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