Três milhões e meio de franceses estiveram hoje nas ruas de centenas de cidades a manifestar-se contra o projecto presidencial de aumento da idade para a reforma, anunciou a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
Esse cálculo é idêntico ao de há uma semana, mas ao princípio da tarde o Ministério do Interior só contabilizara 480 mil, número ligeiramente inferior ao dos manifestantes de há uma semana. Mais tarde, o ministério já referia 1,1 milhões, quando dia 12 apresentara a cifra de 1,23 milhões. De qualquer modo, não deixou de haver violência, com a polícia de choque a recorrer a gás lacrimogéneo e a bastões nos seus confrontos com os que protestavam, nomeadamente os jovens.
Apesar de se tratar já da sexta jornada de greve geral em menos de dois meses, o Presidente Nicolas Sarkozy garantiu que o seu projecto irá por diante.
No entanto, o presidente do Senado, Gérard Larcher, adiou por um dia ou mais a aprovação final do projecto de lei que altera a idade da reforma. Esta nunca deverá verificar-se antes dos 62 anos e a pensão só será paga por inteiro a quem permanecer no activo até aos 67.
"Se a guerrilha dos senadores de esquerda continuar para além de quinta-feira à noite", escreveu o jornal “Le Figaro”, Gérard Larcher prevê que a câmara alta do Parlamento continue reunida por todo o tempo que for necessário: sexta-feira, sábado ou talvez até mesmo domingo.
Ainda há centenas de emendas a encarar, pelo que já ninguém acredita agora na hipótese de uma votação antes do fim-de-semana.
Em Paris, às 15h00 de hoje (14h00 em Lisboa), 60 mil pessoas manifestavam-se, segundo um primeiro cálculo da polícia, significando isso um número em ligeira baixa em relação aos 65 mil que há uma semana tinham sido referenciados na capital. Mas os sindicatos falaram de 330 mil manifestantes, número idêntico ao de dia 12. Entre eles estavam a primeira secretária do Partido Socialista, Martine Aubry, e a antiga candidata presidencial Ségolène Royal.
Antes de o desfile ter partido da Praça de Itália para os Inválidos, François Chérèque, secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), uma das oito que estão a trabalhar em coordenação, lançara um “apelo à calma”, para que ninguém cedesse a “provocações”.
Entretanto, terminada uma cimeira em Deauville, com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe de Estado anunciou que vai tomar medidas, nomeadamente contra o bloqueio das refinarias, e pediu a “responsabilidade do conjunto dos actores”.
Sarkozy garante a ordem pública
"Compreendo a inquietação. Numa democracia, cada um pode exprimir-se, mas deve fazê-lo sem violência e sem excessos. Efectuarei, ao regressar a Paris, uma reunião para desbloquear um certo número de situações, porque há pessoas que querem trabalhar e não devem ser privadas de combustível”, declarou Nicolas Sarkozy à imprensa.
“Zelarei para que a ordem pública seja garantida. É esse o meu dever”, sublinhou, enquanto na capital o primeiro-ministro, François Fillon, se manifestava contra "a intimidação, o bloqueio e a violência”. Este último convocou para o seu gabinete, em Matignon, as principais figuras da indústria perolífera, dada a escassez cada vez maior de combustíveis. E previu para daqui a "quatro ou cinco dias" a normalização do fornecimento.
Numerosos sectores da economia estão a ser afectados pelo braço-de-ferro entre os sindicatos e a cúpula do Estado. O jornal “Libération” descreve um país em “pé de guerra”.
Trabalhadores de refinarias e aeroportos, maquinistas de comboios, professores e outros cidadãos aderiram ao movimento grevista, tendo alguns manifestantes na cidade de Lyon incendiado carros e caixotes do lixo, ao mesmo tempo que recorriam às cadeiras das esplanadas para partir as montras dos bancos e de outros estabelecimentos.
A polícia usou gás lacrimogéneo e bastões para dispersar manifestantes em Nanterre, um dos subúrbios de Paris; e houve quem tivesse virado automóveis na localidade de Mantes-la-Jolie.
Apesar de se tratar já da sexta jornada de greve geral em menos de dois meses, o Presidente Nicolas Sarkozy garantiu que o seu projecto irá por diante.
No entanto, o presidente do Senado, Gérard Larcher, adiou por um dia ou mais a aprovação final do projecto de lei que altera a idade da reforma. Esta nunca deverá verificar-se antes dos 62 anos e a pensão só será paga por inteiro a quem permanecer no activo até aos 67.
"Se a guerrilha dos senadores de esquerda continuar para além de quinta-feira à noite", escreveu o jornal “Le Figaro”, Gérard Larcher prevê que a câmara alta do Parlamento continue reunida por todo o tempo que for necessário: sexta-feira, sábado ou talvez até mesmo domingo.
Ainda há centenas de emendas a encarar, pelo que já ninguém acredita agora na hipótese de uma votação antes do fim-de-semana.
Em Paris, às 15h00 de hoje (14h00 em Lisboa), 60 mil pessoas manifestavam-se, segundo um primeiro cálculo da polícia, significando isso um número em ligeira baixa em relação aos 65 mil que há uma semana tinham sido referenciados na capital. Mas os sindicatos falaram de 330 mil manifestantes, número idêntico ao de dia 12. Entre eles estavam a primeira secretária do Partido Socialista, Martine Aubry, e a antiga candidata presidencial Ségolène Royal.
Antes de o desfile ter partido da Praça de Itália para os Inválidos, François Chérèque, secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), uma das oito que estão a trabalhar em coordenação, lançara um “apelo à calma”, para que ninguém cedesse a “provocações”.
Entretanto, terminada uma cimeira em Deauville, com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe de Estado anunciou que vai tomar medidas, nomeadamente contra o bloqueio das refinarias, e pediu a “responsabilidade do conjunto dos actores”.
Sarkozy garante a ordem pública
"Compreendo a inquietação. Numa democracia, cada um pode exprimir-se, mas deve fazê-lo sem violência e sem excessos. Efectuarei, ao regressar a Paris, uma reunião para desbloquear um certo número de situações, porque há pessoas que querem trabalhar e não devem ser privadas de combustível”, declarou Nicolas Sarkozy à imprensa.
“Zelarei para que a ordem pública seja garantida. É esse o meu dever”, sublinhou, enquanto na capital o primeiro-ministro, François Fillon, se manifestava contra "a intimidação, o bloqueio e a violência”. Este último convocou para o seu gabinete, em Matignon, as principais figuras da indústria perolífera, dada a escassez cada vez maior de combustíveis. E previu para daqui a "quatro ou cinco dias" a normalização do fornecimento.
Numerosos sectores da economia estão a ser afectados pelo braço-de-ferro entre os sindicatos e a cúpula do Estado. O jornal “Libération” descreve um país em “pé de guerra”.
Trabalhadores de refinarias e aeroportos, maquinistas de comboios, professores e outros cidadãos aderiram ao movimento grevista, tendo alguns manifestantes na cidade de Lyon incendiado carros e caixotes do lixo, ao mesmo tempo que recorriam às cadeiras das esplanadas para partir as montras dos bancos e de outros estabelecimentos.
A polícia usou gás lacrimogéneo e bastões para dispersar manifestantes em Nanterre, um dos subúrbios de Paris; e houve quem tivesse virado automóveis na localidade de Mantes-la-Jolie.
Os jornais não foram impressos ou distribuídos, devido à greve geral, apenas tendo mantido as suas edições online, enquanto os quiosques permaneciam fechados.Ontem, numa sondagem CSA, 71 por cento dos franceses manifestaram o seu apoio e simpatia a esta jornada de protestos. Para amanhã, os sindicatos e as associações de estudantes da cidade de Toulouse, a quarta da França, voltaram a marcar um movimento grevista.
Hoje, no barómetro BVA-Orange-L'Express-France Inter, o Presidente Sarkozy apareceu apenas com 30 por cento de opiniões positivas e 69 por cento negativas, a sua mais baixa popularidade desde Maio 2007.
http://publico.pt/Mundo/sindicatos-contam-35-milhoes-de-franceses-nas-ruas-contra-sarkozy_1461747
Hoje, no barómetro BVA-Orange-L'Express-France Inter, o Presidente Sarkozy apareceu apenas com 30 por cento de opiniões positivas e 69 por cento negativas, a sua mais baixa popularidade desde Maio 2007.













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