É no sector dos transportes que a greve geral que se realiza hoje em Portugal está a ter mais adesão, com os metros de Porto e Lisboa praticamente parados e restantes serviços muito afectados.
Entre as 00:00h e as 08:00h de hoje foram suprimidos 74,2% dos comboios normalmente previstos pela CP, na sua maioria em grandes centros urbanos, tendo sido realizadas apenas 82 das 318 ligações previstas.
Em Lisboa, a Carris tinha, pelas 08:00h, cerca de 30% dos serviços de transporte programados em funcionamento, adiantou a empresa em comunicado, sendo que "dos 481 veículos programados para o serviço público circulavam 141 viaturas". Já as ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul estavam afectadas pelas 06:00h em 83%, nos barcos da Soflusa, e em 84% nas travessias da Transtejo. O Metro de Lisboa está parado, com todas as estações fechadas.
No Porto, os autocarros da STCP não circulam e só a linha amarela do Metro está activa - a adesão é de 90% nos agentes de condução e de 10% nas restantes funções, disse à Lusa fonte da ViaPorto, subconcessionária do Metro da cidade.
Apesar de muitas pessoas terem optado pelo carro para se deslocar até Lisboa, os acessos à cidade estão "com uma intensidade de trânsito normal para a hora do dia", segundo fonte da Divisão de Trânsito da PSP.
A CGTP e a UGT realizam hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em Setembro, que têm como objectivo consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA. Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais. A primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral.













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