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21/09/2009

Trabalhadores do Poceram realizam plenário para salvar empresa

Há cinco meses em casa com o contrato suspenso e confrontados com o pedido de insolvência da Poceram, os 153 trabalhadores daquela fábrica de cerâmicas de Coimbra reúnem-se esta segunda-feira em plenário para decidir formas de salvar a empresa.

Jorge Vicente, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica do Centro, explicou que os funcionários acreditam que a empresa ainda pode ser salva, porque nunca faltaram encomendas.

Os trabalhadores querem «sensibilizar os órgãos do poder», disse o sindicalista, adiantando que a insolvência depende agora dos credores, entre os quais se destaca «o Estado».

Jorge Vicente lembrou que os principais credores assinaram um acordo de recuperação, mas a empresa não assinou a acta «com o argumento de que 30 dias» depois «tinha de começar a cumprir».

A Poceram «teve a recuperação à vista, só que tinha de entrar alguém na empresa que injectasse capital», já que «não podia trabalhar um mês ou depois parar», acrescentou.

O pedido de insolvência foi confirmado pelo tribunal no início do mês, sendo que agora os 153 trabalhadores depositam todas as esperanças na assembleia de credores marcada para 17 de Novembro.

Segundo Jorge Vicente, os trabalhadores, que estão em casa desde o dia 10 de Abril, acreditam que da assembleia de credores poderão sair novidades sobre possíveis investidores interessados na empresa.

O sindicalista afirmou ainda que neste momento os trabalhadores têm dois meses e meio de ordenados em atraso, mas já houve alturas em que tiveram cinco salários por receber.

TSF - 21.09.09

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